quinta-feira, 24 de julho de 2014

15/07/2014 18h09 - Atualizado em 20/07/2014 09h39

Entenda motivos dos dois lados do conflito entre palestinos e israelenses

Israel lançou ofensiva após ataques de foguete do grupo palestino Hamas.
Violência começou após sequestro e morte de jovens de ambos os lados.

A escalada de violência que começou em junho deste ano entre Israel e palestinos é o terceiro conflito do tipo desde a tomada da Faixa de Gaza pelo grupo islâmico Hamas, em 2007.

MOTIVOS DE ISRAEL
As raízes do confronto são antigas. Ao longo dos anos, ambos os lados foram ampliando as demandas para uma paz definitiva. Entenda as exigências históricas e os argumentos de cada lado do confronto:
- O país afirma categoricamente que o Hamas é o responsável pelo sequestro e assassinato dos três adolescentes israelenses em 12 de junho.
- O Hamas não só atira foguetes de Gaza para o lado israelense, como também aumentou seu arsenal, que agora pode atingir o centro de Israel como nunca antes. Israel considera que não pode ficar parado em relação à situação.
- Israel alega que o Hamas esconde militantes e armas em locais residenciais em Gaza, por isso é necessário atacá-los, mesmo que isso signifique que civis estejam entre as vítimas.
- Para Israel, o Hamas é um grupo terrorista que não reconhece a existência do Estado de Israel e não aceita se desarmar.
MOTIVOS DOS PALESTINOS
- Um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém. A autópsia indicou que ele foi queimado vivo. Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do garoto palestino, e três dos detidos confessaram o crime.
- A maioria dos palestinos considera o controle israelense sobre a Faixa de Gaza abusivo e a situação humanitária insustentável. Os moradores dependem de Israel para ter eletricidade, água, meios de comunicação e até moeda.
- Nos confrontos entre Israel e o Hamas, a força de ação do exército israelense é desproporcionalmente maior. Em todos os confrontos até agora, o número de mortes do lado palestino foi muito maior.
- Israel deteve centenas de militantes do Hamas em sua grande busca na Cisjordânia pelos três israelenses sumidos no mês passado.
mapa gaza 19/11 (Foto: 1)
Veja abaixo perguntas e respostas sobre o conflito atual no Oriente Médio:
Como começou o confronto?
A mais recente escalada de violência começou com o desaparecimento de três adolescentes israelenses na Cisjordânia. Israel acusou o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, do sequestro. O grupo islamita não confirmou nem negou envolvimento. Israel deslocou soldados para a área da Cisjordânia e dezenas de membros do Hamas foram detidos. Foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel.
Os corpos dos três jovens foram encontrados em 30 de junho, com marcas de tiros. A tensão aumentou, com Israel respondendo aos disparos feitos por Gaza. No dia seguinte, um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém Oriental. A autópsia indicou que ele foi queimado vivo.
Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do garoto palestino, e três dos detidos confessaram o crime. Isso reforçou as suspeitas de que a morte teve motivação política e gerou uma onda de revolta e protestos em Gaza.
No dia 8 de julho, após um intenso bombardeio com foguetes contra o sul de Israel por parte de ativistas palestinos, a aviação israelense iniciou dezenas de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza. Os militantes de Gaza responderam aos ataques, disparando foguetes contra Tel Aviv. Após os bombardeios, Israel decidiu atacar Gaza por terra.
Por que Israel ataca a Faixa de Gaza com foguetes?
O ponto de vista israelense é de que o Hamas cresceu acostumado a lançar foguetes e nenhum país pode tolerar isso. Não fazer nada não é uma opção e atacar fortemente o grupo é a maneira que o governo enxerga de conseguir garantir sua paz. O Estado justifica a morte de civis nos bombardeios como fatalidades e culpa o Hamas por esconder militantes e armas em locais civis.
Como informa agência Associated Press, Israel afirma se esforçar para minimizar os "efeitos colaterais" ao emitir sinais de alerta para moradores e antecipar ataques grandes com bombas pequenas. Além disso, os israelenses veem o Hamas como um inimigo mortal que não pode ser tolerado e, devido a suas bases radicais islâmicas, há pouca chance de diálogo.
 



Como o Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza?
A Faixa de Gaza foi tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em 2005 - embora boa parte das fronteiras e territórios aéreos e marítimos ainda sejam controlados pelos israelenses. Em 2007, o grupo Hamas - considerado terrorista por Israel - venceu as eleições parlamentares palestinas, fato não reconhecido pelo opositor Fatah. O racha na administração fez com que o Hamas controlasse a Faixa de Gaza e o Fatah ficasse a cargo da Cisjordânia. Desde então, Israel e o Hamas não dialogam.
Como convivem os habitantes da Faixa de Gaza com a situação?
Para os palestinos, a situação em Gaza é insustentável. Desde a tomada do poder pelo Hamas, Israel impede a passagem por terra no norte e leste, e pelo mar a oeste, bloqueando também as viagens aéreas. O Egito completa o cerco com um controle pesado das fronteiras com a Faixa de Gaza no sul. A região de 1,7 milhões de pessoas está lotada de favelas em um território de menos de 35 km de extensão e com poucos quilômetros de largura.
Para muitos palestinos, até mesmo os que não apoiam o Hamas, os meios não convencionais como foguetes contra os que eles enxergam como causadores de seus tormentos é uma resposta considerada aceitável. Com o fracasso dos últimos 20 anos de negociações de paz para conseguir formar um Estado independente palestino, alguns temem que a ocupação da Cisjordânia pode ser permanente e o que se tem é um cenário de desânimo e desespero.
Os israelenses apoiam os ataques a Gaza?
Há muita divisão em Israel, e é difícil falar em um "ponto de vista israelense" - mas isso não se aplica ao Hamas e a seus foguetes. Essa é uma oportunidade única para o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Muitos israelenses se opõem às suas políticas em relação aos palestinos em geral, e alguns realmente abominam seu apoio a novos assentamentos judaicos na Cisjordânia. Mas a vasta maioria dos israelenses não confia e se opõe ao Hamas - autores de vários ataques suicidas contra civis e detratores dos esforços de paz feitos pelos palestinos moderados. Para Netanyahu, cada derrota do Hamas é uma chance de popularidade.
O Mundo Árabe apoia o Hamas?
Políticos árabes condenam frequentemente Israel, mas poucos genuinamente morrem de amores pelo Hamas. O grupo palestino é parte de uma vertente política do Islã que, com as Revoltas Árabes, está sendo combatida em toda a região, primeiro no Egito (com a saída da Irmandade Muçulmana), mas também em países do Golfo. Até seu aliado Irã deixou de apoiá-lo e seus recursos estão se - enquanto vários países do Ocidente os consideram um grupo terrorista.
A Autoridade Palestina recentemente propôs um governo conjunto com o Hamas, mas a animosidade com o grupo secular Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, foi mais profunda. O Hamas não aceita as condições propostas pela comunidade internacional para ser um ator global legítimo: reconhecer Israel, aceitar os acordos anteriores e renunciar à violência.
Os ataques israelenses são desproporcionais?
Na batalha pela opinião pública, Israel pode ser uma vítima de seu próprio sucesso na prevenção de fatalidades internas. Seu potente sistema de defesa "Cúpula de Ferro" abateu inúmeros foguetes do Hamas, reduzindo a pouquíssimas as vítimas israelenses durante os três últimos conflitos contra o grupo islâmico. Já o ataque do Estado judeu é intenso e deixa centenas de vítimas - muitas delas civis - do lado palestino, o que pesa negativamente na opinião pública interna e internacional.
Muitos acreditam que o Hamas pouco se esforça em não provocar Israel. A opinião pública importaria menos na Faixa - que não é verdadeiramente uma democracia - do que em Israel e é pouco provável um cenário em que o Hamas seja derrubado pela população no momento.
*Com informações das agências Associated Press, Reuters e AFP.


Do G1, em São Paulo
24/07/2014 12h26 - Atualizado em 24/07/2014 12h29

Premiê ucraniano renuncia após dissolução da coalizão parlamentar

Arseni Yatseniuk anunciou a dissolução da coalizão governamental.
Medida abre caminho para eleições antecipadas.

Da France Presse
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, anunciou nesta quinta-feira (24) sua renúncia, denunciando a dissolução da coalizão governamental no Parlamento, em plena crise econômica e em meio a um conflito armado com os separatistas pró-russos.
"Eu anuncio a minha renúncia, dada a dissolução da coalizão parlamentar, o que bloqueia as iniciativas governamentais", declarou Yatseniuk, denunciando um 'crime político e moral'.
Mais cedo, no início do dia, dois partidos políticos ucranianos, Udar, do ex-boxeador Vitali Klitschko, aliado do presidente Petro Poroshenko, e Svoboda (Liberdade, direita nacionalista) anunciaram sua retirada da coalizão governista.Pouco antes, o presidente da Assembleia, Olexander Turchynov, declarou que "a coalizão parlamentar 'Escolha europeia' deixou de existir no Parlamento", o que abre caminho para eleições antecipadas.
O presidente Poroshenko, que prometeu eleições legislativas antecipadas logo após sua eleição, em 25 de maio, saudou a decisão dos dois grupos.
"Esta atitude mostra que uma parte dos deputados não está agarrada aos seus assentos e está ciente do sentimento dos eleitores", ressaltou em um comunicado.
"Todas as pesquisas e todos os encontros com pessoas mostram que a sociedade deseja uma revisão completa do poder", continuou ele, citando o slogan preferido do Maidan, o movimento pró-europeu e anti-corrupção que derrubou em fevereiro o regime pró-russo do presidente Viktor Yanukovytch.
Muitos ex-aliados deste último seguem no Parlamento, incluindo os comunistas acusados de apoiar os separatistas pró-russos e cujo grupo parlamentar foi dissolvido nesta quinta-feira pelo presidente do Parlamento.
As eleições antecipadas devem permitir que o presidente Poroshenko constitua uma sólida maioria, capitalizando seu sucesso na eleição presidencial, onde recebeu quase 55% dos votos.
No entanto, para dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas a Assembleia deve oficialmente constatar que o governo de coalizão deixou de existir depois de trinta dias e que neste período não pode ser reformulado.
Quando essas condições forem atendidas, o presidente pode convocar as legislativas, a serem realizadas dois meses depois.
Udar e Svoboda apoiam este projeto, enquanto que um terceiro grupo, a mais importante formação da atual coalizão, o partido Batkivchtchina (Pátria) de Yulia Tymoshenko, se opõe.

Israel critica postura do governo brasileiro sobre conflito em Gaza

  • Brasília
Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil Edição: Talita Cavalcante
Atef Safadi/Agência Lusa/Direitos Reservados
Israel faz ofensiva por terra na Faixa de GazaAtef Safadi/Agência Lusa/Direitos Reservados
O governo de Israel criticou a postura do governo brasileiro de convocar o embaixador em Tel Aviv para consultas e a publicar duas notas, em uma semana, considerando inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina. No texto divulgado ontem (23), o Brasil “condena energicamente o uso desproporcional da força” por Israel na Faixa de Gaza.
Em comunicado à imprensa, o Ministério das Relações Exteriores de Israel, por meio do porta-voz, Yigal Palmor, manifestou “desapontamento” diante da convocação do embaixador brasileiro. “Israel manifesta o seu desapontamento com a decisão do governo do Brasil de retirar seu embaixador para consultas. Esta decisão não reflete o nível das relações entre os países e ignora o direito de Israel de se defender. Tais medidas não contribuem para promover a calma e a estabilidade na região. Em vez disso, eles estimulam o terrorismo, e, naturalmente, afetam a capacidade do Brasil de exercer influência”, informa o texto.

Na nota publicada nessa quarta-feira, o Ministério de Relações Exteriores também reiterou seu chamado a um “imediato cessar-fogo” entre as partes. O Itamaraty explicou que, diante da gravidade da situação, votou favoravelmente à resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas que condena a atual ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza e cria uma comissão internacional para investigar todas as violações e julgar os responsáveis.
Yigal Palmor disse que “Israel espera o apoio de seus amigos em sua luta contra o Hamas, que é reconhecido como uma organização terrorista por muitos países no mundo”. Jornais israelenses noticiaram críticas mais duras do porta-voz. De acordo com o jornal judaico  The Jerusalem Post, Palmor disse que “essa é uma demonstração lamentável de por que o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático", e acrescentou que "o relativismo moral por trás deste movimento faz do Brasil um parceiro diplomático irrelevante, aquele que cria problemas em vez de contribuir para soluções".
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) também reagiu. “A Confederação Israelita do Brasil vem a público manifestar sua indignação com a nota divulgada pelo nosso Ministério das Relações Exteriores, na qual se evidencia a abordagem unilateral do conflito na Faixa de Gaza, ao criticar Israel e ignorar as ações do grupo terrorista Hamas”, destaca o texto.
“Uma nota como a divulgada nesta quarta-feira só faz aumentar a desconfiança com que importantes setores da sociedade israelense, de diversos campos políticos e ideológicos, enxergam a política externa brasileira”, criticou a Conib, representante da comunidade judaica brasileira, que disse compartilhar da preocupação do povo brasileiro e expressar “profunda dor pelas mortes dos dois lados do conflito”, além de também esperar um cessar-fogo imediato.
Na nota publicada no dia 17 de julho, o governo brasileiro afirmou que “condena, igualmente, o lançamento de foguetes e morteiros de Gaza contra Israel”. O Brasil e a Alemanha são os únicos países a ter relações diplomáticas com todos os membros das Nações Unidas. Ontem, foi um dos 29 países a votar a favor da resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Houve 17 abstenções e apenas um voto contra, dos Estados Unidos. Além do Japão, todos os países europeus presentes, incluindo a França, o Reino Unido e a Alemanha, optaram pela abstenção.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Queda de avião pode indicar escalada russa no leste da Ucrânia

Atualizado em  15 de julho, 2014 - 00:06 (Brasília) 03:06 GMT
Luhansk (AP)
Analista da BBC questiona que tipo de resposta pode Ucrânia pode dar

Um avião de transporte militar da Ucrânia foi abatido no leste do país, em meio a combates com rebeldes separatistas pró-russos, segundo autoridades ucranianas.
Eles dizem que o avião An-26, atingido a uma altitude de 6500 metros, foi alvo de "um poderoso míssil" que "provavelmente foi atirado" da Rússia. A tripulação sobreviveu, apontam os relatos.

Ele avalia que, para os ucranianos, não responder levantaria a suspeita de que sua acusação é falsa - ou demonstraria fraqueza da força militar da Ucrânia.O analista da BBC News David Stern disse que a acusação de que as forças russas abateram um avião ucraniano pode representar uma reviravolta no conflito. Se a Rússia tiver atingido o avião ucraniano do seu território, trata-se de um ataque de ordem maior.
A Rússia não se pronunciou sobre o assunto. A Otan informou que soldados russos se acumulam perto da fronteira com a Ucrânia.
Um oficial da Otan confirmou à BBC que eles tinham observado um aumento significativo do número de soldados russos, chegando a 12 mil.
A Rússia nega apoiar e armar os separatistas e convidou os funcionários da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) para monitorar a fronteira com a Ucrânia.
“Mas o que pode fazer Ucrânia - declarar guerra à Rússia?”, questiona David Stern “O ônus da prova está com o governo ucraniano. No entanto, se eles mostrarem de forma convincente que os russos derrubaram o avião, eles também exigirão uma resposta dos aliados ocidentais da Ucrânia”, disse.
Se as autoridades ocidentais não fizerem nada, depois de terem prometido reagir a ataques russos, ele avalia que eles serão visto como traidores.

Apelo

Um comunicado no site do presidente da Ucrânia Petro Poroshenko diz que o An-26 foi abatido em uma "operação anti-terror" na região.

O ministro da defesa ucraniano Valeriy Heletei disse que uma operação de busca e resgate estava em andamento para localizar os tripulantes desaparecidos.
Andriy Lysenko, porta-voz do Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia, mais tarde foi citado pela imprensa ucraniana, dizendo que oito pessoas estavam a bordo do avião.
Em uma mensagem no Facebook, alguns dos participantes da "operação anti-terror" da Ucrânia disseram que sabiam "sobre o destino de dois dos tripulantes" e estavam confirmando informações sobre os demais.
As forças rebeldes - que anteriormente disseram que tinha como alvo a aeronave na região de Luhansk - alegaram que havia capturado a tripulação e estavam os questionando na cidade de Krasnodon, relatos nos meios de comunicação russos dizem.
No mês passado, os rebeldes derrubaram um avião de transporte militar da Ucrânia Il-76, que estava prestes a aterrissar no aeroporto de Luhansk, matando todos os 49 soldados e a tripulação que estava a bordo.
Na manhã desta segunda-feira, a força aérea ucraniana disse ter realizado "cinco ataques aéreos poderosos" na região, em um esforço para acabar com o bloqueio do aeroporto estratégico na cidade controlada pelos rebeldes.
Militares da Ucrânia disseram que o aeroporto tinha sido "desbloqueado" e que o Exército havia retomado várias aldeias.
Alguns ataques aéreos atingiram a cidade na segunda-feira, disse um morador de Luhansk à BBC na segunda-feira.
Enquanto isso, os rebeldes afirmam ter destruído um comboio armado ucraniano perto do aeroporto.
As lutas na área se intensificaram desde o ataque rebelde com foguete perto da fronteira com a Rússia na sexta-feira, matando pelo menos 19 soldados do governo.
O presidente Poroshenko prometeu retaliação ao ataque. Na segunda-feira, ele também disse que os policiais militares russos estavam lutando ao lado dos separatistas - alegação negada pela Rússia.
A tensão aumentou ainda mais no fim de semana, quando a Rússia acusou as forças ucranianas de atacarem o outro lado da fronteira, matando uma pessoa e ferindo outras duas.
Pelo menos 15 civis foram mortos em Luhansk e na região vizinha de Donetsk, no domingo, segundo relatos.
Alemanha e Rússia pediram que Kiev e os rebeldes negociassem diretamente.
E o Reino Unido e os Estados Unidos voltaram a pedir que a Rússia de acalmar a situação no leste da Ucrânia.
O primeiro-ministro David Cameron e o presidente Barack Obama destacaram que a Rússia precisa agir na busca da paz na região ou poderia enfrentar novas sanções.
Rebeldes separatistas têm lutado contra o governo em Kiev desde a declaração da independência em Luhansk e na região vizinha de Donetsk, em abril.
O governo deu início a uma "operação anti-terrorista" em abril para esmagar a rebelião nas regiões orientais.
Acredita-se que mais de mil civis e combatentes morreram nos combates, que se seguiu a anexação da Crimeia à Rússia, em março.

http://www.bbc.co.uk

15/07/2014 12h22 - Atualizado em 15/07/2014 12h22

Presidente do BC dos EUA diz que recuperação do país está incompleta

Da Reuters

Janet Yellen defendeu política monetária 'frouxa', com juros baixos.
Desemprego ainda é alto e mercado imobiliário segue fraco, disse.


A presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, fala ao Congresso dos EUA nesta terça-feira (15) (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)

A recuperação econômica dos Estados Unidos continua incompleta, com o mercado de trabalho ainda abalado e salários estagnados justificando a política monetária frouxa no horizonte relevante, afirmou a presidente do Federal Reserve, banco central norte-americano, Janet Yellen, nesta terça-feira (15).
Em forte defesa da atual postura do banco central, Yellen afirmou que sinais iniciais de aceleração da inflação não são suficientes para o Fed acelerar seus planos de elevar a taxa de juros, medida atualmente esperada para meados do próximo ano.
Isso poderia mudar, com a taxa de juros subindo mais cedo e mais rápido, se dados mostrarem o mercado de trabalho melhorando com mais velocidade do que o esperado, disse ela. Mas como está, "embora a economia continue melhorando, a recuperação ainda não está completa", disse Yellen em depoimento semestral diante do Comitê Bancário do Senado, repetindo seu foco na lenta participação da força de trabalho e fraco crescimento do salário como importantes para qualquer conclusão sobre a saúde da economia.
"Muitos norte-americanos continuam desempregados", disse Yellen, que apresentou ampla visão sobre a economia ainda em transição após a crise econômica de 2007/2009.
Em relatório acompanhando suas declarações, o Fed informou que seu balanço patrimonial vai atingir o máximo de US$ 4,5 trilhões quando seu programa de compra de títulos acabar em outubro, sinal de quanto estímulo o banco central tem tido que liberar para sustentar a economia.
Yellen afirmou ainda que a economia continua gerando empregos e crescimento estável. Mas afirmou que as autoridades do Fed atualmente esperam que sua medida preferida de inflação fique entre 1,5% e 1,75% para 2014, abaixo da meta de 2%. O mercado imobiliário continua fraco, disse Yellen, e o investimento empresarial abaixo do esperado.
http://g1.globo.com/

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Rússia estuda ataques limitados na Ucrânia


14/07/2014 06h46 - Atualizado em 14/07/2014 06h46
Da France Presse/ http://g1.globo.com/

Queda de um obus na fronteira entre os 2 países causou uma morte.
Ucrânia nega disparo, cita 'total bobagem' e acusa rebeldes.



A Rússia está estudando a possibilidade de executar "ataques limitados" na Ucrânia, após a queda de um obus em uma cidade russa na fronteira entre os dois países que provocou uma morte, informa o jornal "Kommersant", que cita uma fonte ligada ao Kremlin.
"Nossa paciência tem limites", disse a fonte ao jornal.
"Não seria uma ação em grande escala, e sim ataques limitados e pontuais contra as posições a partir das quais acontecem os disparos contra o território russo", completou.
De acordo com a fonte, a Rússia "sabe exatamente de onde procedem os tiros".
No domingo (13), um obus lançado do território ucraniano atingiu uma cidade russa na fronteira e deixou um morto e dois feridos. A Rússia denunciou "mais um ato de agressão" e advertiu o governo da Ucrânia sobre possíveis "consequências irreversíveis'.
O governo de Kiev negou qualquer responsabilidade pelo ataque e acusou os rebeldes pró-Rússia por "tiros de provocação, inclusive contra o território russo, para depois acusar os militares ucranianos".
As forças ucranianas anunciaram a retomada no domingo do aeroporto da cidade rebelde de Lugansk, que estava fechado mas era considerado inacessível porque estava cercado pelas forças pró-Rússia.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Atualidades

Rússia corta gás à Ucrânia e exige pré-pagamento de novos fornecimentos

A Rússia cortou o abastecimento de gás à Ucrânia. O consórcio russo GazProm anunciou que, a partir de agora, o fornecimento de gás à Ucrânia só será feito mediante um pré-pagamento, o que na prática significa o corte de gás. A decisão foi tomada após o fracasso das negociações do pagamento da dívida da Ucrânia à Rússia. O presidente da Comissão Europeia pediu ponderação aos dois países e apelou a que desenvolvam esforços para ultrapassar o impasse. O primeiro ministro russo Dmitry Medvedev chamou o ministro da Energia e o presidente da GazProm, para discutir as implicações desta decisão. Medvedev lamentou a situação, mas disse que não aceita "chantagem" por parte dos ucranianos.





31/5/2014 às 13h24

Ucrânia acusa Rússia de minar a legitimidade do presidente eleito

Para governo ucraniano, Putin continua apoiando a violência
http://noticias.r7.com

AFP
Petro Poroshenko foi escolhido como presidente da UcrâniaAP
A Ucrânia acusou neste sábado (31) a Rússia de lançar uma campanha de propaganda internacional para justificar sua "agressão" no leste do país e para convencer as potências ocidentais a não reconhecer o vencedor da eleição presidencial, o oligarca pró-ocidental Petro Poroshenko.
Após os violentos combates no início desta semana no aeroporto internacional de Donetsk, os confrontos multiplicaram-se entre rebeldes pró-russos e as forças leais a Kiev no leste do país, onde duas equipes de observadores internacionais da OSCE ainda estão desaparecidas.
Moscou denuncia uma "operação punitiva" de Kiev e apela para o fim da operação militar lançada pela Ucrânia em 13 de abril, a fim de iniciar um diálogo com os separatistas.
"O Kremlin continua a fazer declarações baseadas na emoção e inventar informações a fim de apoiar a agressão russa", denunciou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrei Deshchitsia.
Esta "enorme campanha de informação" é "a última oportunidade para a Rússia tentar influenciar a opinião pública internacional", disse o chanceler, em um artigo publicado no jornal de língua inglesa Kyiv Post.
O presidente russo, Vladimir Putin, reiterou nos últimos dias seu apelo aos líderes ocidentais para exortar Kiev a parar sua ofensiva no leste.
Para o ministro ucraniano, a Rússia tenta, desta forma, minar a legitimidade de Petro Poroshenko, eleito no primeiro turno da eleição presidencial de 25 de maio.
O oligarca pró-ocidental, apelidado de o "rei do chocolate", se reunirá na quarta-feira com o presidente dos Estados Unidos Barack Obama na Polônia, antes de participar nas cerimônias de comemoração do Desembarque na Normandia, em 6 de junho.
Moscou também acusou na sexta-feira o Exército ucraniano de violar a Convenção de Genebra de 1949 sobre a proteção dos civis, ao utilizar de forma "voluntária" recursos militares para "matar civis", e propôs fornecer "ajuda humanitária" aos separatistas do leste.
Confrontos esporádicos
"Fornecer armas de um lado e medicamentos do outro é, no mínimo, contraditório", considerou o chefe da diplomacia ucraniana.
Embora a Otan tenha confirmado que a Rússia retirou dois terços de seus soldados estacionados na fronteira com a Ucrânia, Kiev ainda denuncia a presença de cidadãos russos entre os rebeldes.
Washington também expressou sua preocupação com a chegada de homens armados a partir da república russa da Chechênia.
O embaixador dos Estados Unidos na Ucrânia, Geoffrey Pyatt, denunciou "a presença em Donbass de combatentes estrangeiros, e que temos a certeza de que vêm da Rússia, e provas indicam que grandes quantidades de equipamentos e armas atravessam a fronteira".
"É difícil para a Rússia desmentir isso, quando vimos combatentes chechenos no leste da Ucrânia dando entrevistas à imprensa em seus quartos de hotel", acrescentou.
Os separatista pró-russos reconheceram que a maioria das 40 vítimas dos combates no aeroporto de Donetsk eram de nacionalidade russa.
No "front do leste", Kiev assegura ter ganhado terreno frente aos separatistas com sua ofensiva, que deixou mais de 200 mortos, entre soldados, separatistas e civis, desde meados de abril.
A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), por sua vez, indicou esta semana que perdeu contato com duas de suas equipes nesta região. Uma delas desapareceu na segunda-feira em Donetsk, enquanto a outra está desaparecida desde quinta-feira na região de Lugansk.
Na madrugada deste sábado, confrontos esporádicos foram registrados na região.
Em Donetsk, os separatistas atacaram duas vezes, sem sucesso, os soldados ucranianos que guardavam o aeroporto da cidade, informou à AFP um porta-voz do Exército ucraniano.
Um líder separatista citado pela agência Interfax Ucrânia indicou a morte de seis rebeldes. Este número não pode ser confirmado junto a fontes independentes.
Os guardas de fronteira informaram, por sua vez, que três pessoas ficaram feridas em um ataque pró-russo contra uma unidades ucraniana na região de Lugansk.
Em relação ao conflito do gás, Kiev deu um primeiro passo na sexta-feira para solucionar a questão do abastecimento de gás russo ao pagar parte de sua dívida com a empresa estatal russa Gazprom.
Bruxelas acolherá novas negociações na segunda-feira para evitar a interrupção do fornecimento de gás, o que também poderia afetar a Europa.
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Putin ordena retirada de parte das tropas da fronteira com Ucrânia

Atualizado em  19 de maio, 2014 - 06:18 (Brasília) 09:18 GMT
BBC/BRASIL

Países do Ocidentes suspeitam da forte influência da Rússia nas ações de separatistas na Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta segunda-feira que tropas russas deixem a fronteira da Ucrânia, segundo uma nota divulgada pelo Kremlin.
As tropas posicionadas nas regiões de Rostov, Belgorod e Bryansk receberam a ordem para retornar às suas bases permanentes.

A Rússia já divulgou ordens recentemente para retirada de tropas, mas a aliança militar Otan afirma que elas nunca foram cumpridas.

Analistas acreditam que as tensões na região podem diminuir na Ucrânia caso a Rússia retire parte dos 40 mil soldados que possui lá.
"Em conexão com o término da fase de treinamento de primavera que havia sido planejada (...) nos sítios nas regiões de Rostov, Belgorod e Bryansk, Putin ordenou que o ministro da Defesa retire as tropas que fizeram parte deste exercício", diz a nota divulgada às agências de notícias russas.
As tensões entre Rússia e o Ocidente estão altas desde fevereiro, quando o presidente ucraniano pró-Kremlin, Viktor Yanukovych, foi derrubado do poder - após meses de manifestações de rua.
Depois do episódio, a Rússia anexou a região da Crimeia. Forças de segurança ucranianas chegaram a entrar em confronto com milícias pró-Rússia no leste do país.

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Entenda as razões da Rússia para a crise na Ucrânia

Atualizado em  4 de março, 2014 - 13:56 (Brasília) 16:56 GMT

Soldados, que seriam russos, do lado de fora do território de uma unidade militar ucraniana no vilarejo de Perevalnoy, na Crimeia (Reuters)
Soldados, que seriam russos, do lado de fora do território de uma unidade militar ucraniana no vilarejo de Perevalnoy, na Crimeia

Qual o interesse russo na Crimeia?

A Rússia tem uma ligação histórica com a península desde a época de Catarina a Grande, no século 18, quando os russos conquistaram o sul da Ucrânia e a Crimeia, tomando a região do Império Otomano. Em 1954, a Crimeia foi presenteada à Ucrânia pelo líder soviético Nikita Khrushchev, de origem ucraniana.
Apenas dez anos antes, Joseph Stálin tinha deportado toda a população tártara da Crimeia, cerca de 300 mil pessoas, sob a acusação de cooperação com a Alemanha de Hitler.
Quando a Ucrânia conquistou a independência, em 1991, o presidente russo Boris Yéltsin aceitou que a Crimeia continuasse parte da Ucrânia, com a frota russa do Mar Negro permanecendo em Sevastopol, alugando instalações do governo ucraniano.

Há base legal para as ações da Rússia?

De acordo com o Memorando de Budapeste, de 1994, EUA, Rússia, Ucrânia e a Grã-Bretanha concordaram em não ameaçar ou usar força contra a integridade territorial ou independência política da Ucrânia, ou pressionar o país economicamente.
A Rússia, no entanto, afirma que o envio de soldados à Ucrânia visa a proteção dos cidadãos russos.
Existe uma maioria étnica russa na república autônoma da Crimeia. A frota russa no Mar Negro está em Sevastopol, cidade onde a maior parte da população tem passaporte russo.
Mas os Estados Unidos insistem que não há base legal para o envio de soldados e acusa o governo russo de violar seu compromisso com a soberania ucraniana. O resto do G7, grupo formado pelas maiores economias do mundo, concorda com os EUA.
Segundo os termos do acordo com a Ucrânia, a Rússia pode manter 25 mil soldados na península. Atualmente o país conta com 16 mil na região.

Qual é a resposta da Rússia às acusações?

Inicialmente, a Rússia negou desrespeito ao Memorando de Budapeste. Mas o governo agora afirma que a situação na Ucrânia está piorando depois que o que eles chamam de "extremistas radicais" tomaram o poder no país. Segundo os russos, isso ameaça as vidas e a segurança dos moradores da Crimeia e de outras regiões no sudeste do país.
Os russos também afirmam que o novo governo ucraniano está "pisoteando" o acordo de 21 de fevereiro assinado pelo presidente deposto Viktor Yanukovych.

O que aconteceu com o acordo de 21 de fevereiro?

O acordo de 21 de fevereiro foi assinado pelo presidente deposto (2º da dir. para esq.) e líderes de oposição
O acordo de 21 de fevereiro foi assinado pelo presidente deposto (2º da dir. para esq.) e líderes de oposição
Quando Yanukovych fugiu de Kiev, a oposição tomou o poder. Mas, no começo daquela semana, para tentar diminuir a tensão durante a crise, os dois lados haviam chegado a um acordo para restaurar a Constituição aprovada em 2004 e reduzir os poderes do presidente.
O acordo foi assinado por Yanukovych, líderes de oposição e três chanceleres da União Europeia.
Mas os desdobramentos em Kiev fizeram com que o acordo ficasse rapidamente obsoleto. E ele não foi assinado pela autoridade russa presente naquele momento.

Qual o papel dos 'extremistas radicais'?

Para os nacionalistas, Stepan Bandera é um herói da independência mas, para os russos, ele é um fascista (Getty)
Para os nacionalistas, Stepan Bandera é um herói da independência mas, para os russos, ele é um fascista
Moscou afirma com frequência que os protestos na Praça da Independência, em Kiev, foram tomados pela extrema direita do país, que desde então aproveitou para tomar o poder em um novo governo que inclui "nazistas mal disfarçados".
Dois grupos, o Setor Direito e o Svoboda (Liberdade), são citados frequentemente e há referências regulares ao nacionalista dos tempos da Segunda Guerra Stepan Bandera, visto como um herói para alguns mas acusado por outros de ser um colaborador nazista.
A extrema direita era minoria nos protestos, que conseguiram apoio em vários setores da sociedade. No entanto, direitistas se envolveram em confrontos violentos e símbolos nacionalistas eram vistos com frequência na praça.
O partido nacionalista Svoboda tem quatro cargos no governo. Oleksandr Sych é o vice-primeiro-ministro e Oleh Makhnitsky é o procurador-geral interino. O partido também lidera as pastas da agricultura e ecologia, mas o líder, que foi acusado de antissemitismo, não faz parte do governo.

O novo governo é contra a Rússia?

Parte do problema é que o governo que assumiu na semana passada tem pouca ligação com o leste da Ucrânia, onde os russos predominam.
Uma de suas primeiras ações foi revogar uma lei de 2012 que reconhecia o russo como uma língua regional oficial. A decisão foi criticada em toda a Ucrânia.

Cidadãos russos correm perigo na Crimeia?

Na semana passada, ocorreram distúrbios na capital da Crimeia, Simferopol, quando manifestantes pró-Rússia e grupos que apoiam os novos líderes ucranianos entraram em confronto diante do Parlamento.
Depois de virem à tona informações de que soldados russos estavam ocupando a Crimeia, Moscou acusou o governo ucraniano que enviar homens armados para desestabilizar a península. Mas a península da Crimeia já estava nas mãos dos russos.

A situação da Crimeia abre precedente para outras cidades ucranianas?

As circunstâncias nas cidades do leste, como Donetsk e Kharkiv, podem ser comparadas à situação na Crimeia. Houve protestos a favor dos russos nas duas cidades, onde o idioma predominante é o russo.
A entrada do governo regional em Donetsk foi danificada pelos manifestantes partidários da Rússia (Reuters)
A entrada do governo regional em Donetsk foi danificada pelos manifestantes partidários da Rússia
Correspondentes descreveram como os manifestantes de Donetsk gritavam "Putin, venha".

Existe uma 'crise humanitária'?

Há informações não confirmadas na imprensa russa de que 675 mil ucranianos já cruzaram a fronteira e entraram na Rússia desde o começo do ano.
Mas um canal de televisão russo fez uma reportagem mostrando o que chamou de "catástrofe humanitária" usando imagens de poloneses cruzando a fronteira, algo não relacionado com a crise.

Atualidades

3º A e B


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