quinta-feira, 1 de maio de 2014

Atualidades

Rússia corta gás à Ucrânia e exige pré-pagamento de novos fornecimentos

A Rússia cortou o abastecimento de gás à Ucrânia. O consórcio russo GazProm anunciou que, a partir de agora, o fornecimento de gás à Ucrânia só será feito mediante um pré-pagamento, o que na prática significa o corte de gás. A decisão foi tomada após o fracasso das negociações do pagamento da dívida da Ucrânia à Rússia. O presidente da Comissão Europeia pediu ponderação aos dois países e apelou a que desenvolvam esforços para ultrapassar o impasse. O primeiro ministro russo Dmitry Medvedev chamou o ministro da Energia e o presidente da GazProm, para discutir as implicações desta decisão. Medvedev lamentou a situação, mas disse que não aceita "chantagem" por parte dos ucranianos.





31/5/2014 às 13h24

Ucrânia acusa Rússia de minar a legitimidade do presidente eleito

Para governo ucraniano, Putin continua apoiando a violência
http://noticias.r7.com

AFP
Petro Poroshenko foi escolhido como presidente da UcrâniaAP
A Ucrânia acusou neste sábado (31) a Rússia de lançar uma campanha de propaganda internacional para justificar sua "agressão" no leste do país e para convencer as potências ocidentais a não reconhecer o vencedor da eleição presidencial, o oligarca pró-ocidental Petro Poroshenko.
Após os violentos combates no início desta semana no aeroporto internacional de Donetsk, os confrontos multiplicaram-se entre rebeldes pró-russos e as forças leais a Kiev no leste do país, onde duas equipes de observadores internacionais da OSCE ainda estão desaparecidas.
Moscou denuncia uma "operação punitiva" de Kiev e apela para o fim da operação militar lançada pela Ucrânia em 13 de abril, a fim de iniciar um diálogo com os separatistas.
"O Kremlin continua a fazer declarações baseadas na emoção e inventar informações a fim de apoiar a agressão russa", denunciou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrei Deshchitsia.
Esta "enorme campanha de informação" é "a última oportunidade para a Rússia tentar influenciar a opinião pública internacional", disse o chanceler, em um artigo publicado no jornal de língua inglesa Kyiv Post.
O presidente russo, Vladimir Putin, reiterou nos últimos dias seu apelo aos líderes ocidentais para exortar Kiev a parar sua ofensiva no leste.
Para o ministro ucraniano, a Rússia tenta, desta forma, minar a legitimidade de Petro Poroshenko, eleito no primeiro turno da eleição presidencial de 25 de maio.
O oligarca pró-ocidental, apelidado de o "rei do chocolate", se reunirá na quarta-feira com o presidente dos Estados Unidos Barack Obama na Polônia, antes de participar nas cerimônias de comemoração do Desembarque na Normandia, em 6 de junho.
Moscou também acusou na sexta-feira o Exército ucraniano de violar a Convenção de Genebra de 1949 sobre a proteção dos civis, ao utilizar de forma "voluntária" recursos militares para "matar civis", e propôs fornecer "ajuda humanitária" aos separatistas do leste.
Confrontos esporádicos
"Fornecer armas de um lado e medicamentos do outro é, no mínimo, contraditório", considerou o chefe da diplomacia ucraniana.
Embora a Otan tenha confirmado que a Rússia retirou dois terços de seus soldados estacionados na fronteira com a Ucrânia, Kiev ainda denuncia a presença de cidadãos russos entre os rebeldes.
Washington também expressou sua preocupação com a chegada de homens armados a partir da república russa da Chechênia.
O embaixador dos Estados Unidos na Ucrânia, Geoffrey Pyatt, denunciou "a presença em Donbass de combatentes estrangeiros, e que temos a certeza de que vêm da Rússia, e provas indicam que grandes quantidades de equipamentos e armas atravessam a fronteira".
"É difícil para a Rússia desmentir isso, quando vimos combatentes chechenos no leste da Ucrânia dando entrevistas à imprensa em seus quartos de hotel", acrescentou.
Os separatista pró-russos reconheceram que a maioria das 40 vítimas dos combates no aeroporto de Donetsk eram de nacionalidade russa.
No "front do leste", Kiev assegura ter ganhado terreno frente aos separatistas com sua ofensiva, que deixou mais de 200 mortos, entre soldados, separatistas e civis, desde meados de abril.
A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), por sua vez, indicou esta semana que perdeu contato com duas de suas equipes nesta região. Uma delas desapareceu na segunda-feira em Donetsk, enquanto a outra está desaparecida desde quinta-feira na região de Lugansk.
Na madrugada deste sábado, confrontos esporádicos foram registrados na região.
Em Donetsk, os separatistas atacaram duas vezes, sem sucesso, os soldados ucranianos que guardavam o aeroporto da cidade, informou à AFP um porta-voz do Exército ucraniano.
Um líder separatista citado pela agência Interfax Ucrânia indicou a morte de seis rebeldes. Este número não pode ser confirmado junto a fontes independentes.
Os guardas de fronteira informaram, por sua vez, que três pessoas ficaram feridas em um ataque pró-russo contra uma unidades ucraniana na região de Lugansk.
Em relação ao conflito do gás, Kiev deu um primeiro passo na sexta-feira para solucionar a questão do abastecimento de gás russo ao pagar parte de sua dívida com a empresa estatal russa Gazprom.
Bruxelas acolherá novas negociações na segunda-feira para evitar a interrupção do fornecimento de gás, o que também poderia afetar a Europa.
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Putin ordena retirada de parte das tropas da fronteira com Ucrânia

Atualizado em  19 de maio, 2014 - 06:18 (Brasília) 09:18 GMT
BBC/BRASIL

Países do Ocidentes suspeitam da forte influência da Rússia nas ações de separatistas na Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta segunda-feira que tropas russas deixem a fronteira da Ucrânia, segundo uma nota divulgada pelo Kremlin.
As tropas posicionadas nas regiões de Rostov, Belgorod e Bryansk receberam a ordem para retornar às suas bases permanentes.

A Rússia já divulgou ordens recentemente para retirada de tropas, mas a aliança militar Otan afirma que elas nunca foram cumpridas.

Analistas acreditam que as tensões na região podem diminuir na Ucrânia caso a Rússia retire parte dos 40 mil soldados que possui lá.
"Em conexão com o término da fase de treinamento de primavera que havia sido planejada (...) nos sítios nas regiões de Rostov, Belgorod e Bryansk, Putin ordenou que o ministro da Defesa retire as tropas que fizeram parte deste exercício", diz a nota divulgada às agências de notícias russas.
As tensões entre Rússia e o Ocidente estão altas desde fevereiro, quando o presidente ucraniano pró-Kremlin, Viktor Yanukovych, foi derrubado do poder - após meses de manifestações de rua.
Depois do episódio, a Rússia anexou a região da Crimeia. Forças de segurança ucranianas chegaram a entrar em confronto com milícias pró-Rússia no leste do país.

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Entenda as razões da Rússia para a crise na Ucrânia

Atualizado em  4 de março, 2014 - 13:56 (Brasília) 16:56 GMT

Soldados, que seriam russos, do lado de fora do território de uma unidade militar ucraniana no vilarejo de Perevalnoy, na Crimeia (Reuters)
Soldados, que seriam russos, do lado de fora do território de uma unidade militar ucraniana no vilarejo de Perevalnoy, na Crimeia

Qual o interesse russo na Crimeia?

A Rússia tem uma ligação histórica com a península desde a época de Catarina a Grande, no século 18, quando os russos conquistaram o sul da Ucrânia e a Crimeia, tomando a região do Império Otomano. Em 1954, a Crimeia foi presenteada à Ucrânia pelo líder soviético Nikita Khrushchev, de origem ucraniana.
Apenas dez anos antes, Joseph Stálin tinha deportado toda a população tártara da Crimeia, cerca de 300 mil pessoas, sob a acusação de cooperação com a Alemanha de Hitler.
Quando a Ucrânia conquistou a independência, em 1991, o presidente russo Boris Yéltsin aceitou que a Crimeia continuasse parte da Ucrânia, com a frota russa do Mar Negro permanecendo em Sevastopol, alugando instalações do governo ucraniano.

Há base legal para as ações da Rússia?

De acordo com o Memorando de Budapeste, de 1994, EUA, Rússia, Ucrânia e a Grã-Bretanha concordaram em não ameaçar ou usar força contra a integridade territorial ou independência política da Ucrânia, ou pressionar o país economicamente.
A Rússia, no entanto, afirma que o envio de soldados à Ucrânia visa a proteção dos cidadãos russos.
Existe uma maioria étnica russa na república autônoma da Crimeia. A frota russa no Mar Negro está em Sevastopol, cidade onde a maior parte da população tem passaporte russo.
Mas os Estados Unidos insistem que não há base legal para o envio de soldados e acusa o governo russo de violar seu compromisso com a soberania ucraniana. O resto do G7, grupo formado pelas maiores economias do mundo, concorda com os EUA.
Segundo os termos do acordo com a Ucrânia, a Rússia pode manter 25 mil soldados na península. Atualmente o país conta com 16 mil na região.

Qual é a resposta da Rússia às acusações?

Inicialmente, a Rússia negou desrespeito ao Memorando de Budapeste. Mas o governo agora afirma que a situação na Ucrânia está piorando depois que o que eles chamam de "extremistas radicais" tomaram o poder no país. Segundo os russos, isso ameaça as vidas e a segurança dos moradores da Crimeia e de outras regiões no sudeste do país.
Os russos também afirmam que o novo governo ucraniano está "pisoteando" o acordo de 21 de fevereiro assinado pelo presidente deposto Viktor Yanukovych.

O que aconteceu com o acordo de 21 de fevereiro?

O acordo de 21 de fevereiro foi assinado pelo presidente deposto (2º da dir. para esq.) e líderes de oposição
O acordo de 21 de fevereiro foi assinado pelo presidente deposto (2º da dir. para esq.) e líderes de oposição
Quando Yanukovych fugiu de Kiev, a oposição tomou o poder. Mas, no começo daquela semana, para tentar diminuir a tensão durante a crise, os dois lados haviam chegado a um acordo para restaurar a Constituição aprovada em 2004 e reduzir os poderes do presidente.
O acordo foi assinado por Yanukovych, líderes de oposição e três chanceleres da União Europeia.
Mas os desdobramentos em Kiev fizeram com que o acordo ficasse rapidamente obsoleto. E ele não foi assinado pela autoridade russa presente naquele momento.

Qual o papel dos 'extremistas radicais'?

Para os nacionalistas, Stepan Bandera é um herói da independência mas, para os russos, ele é um fascista (Getty)
Para os nacionalistas, Stepan Bandera é um herói da independência mas, para os russos, ele é um fascista
Moscou afirma com frequência que os protestos na Praça da Independência, em Kiev, foram tomados pela extrema direita do país, que desde então aproveitou para tomar o poder em um novo governo que inclui "nazistas mal disfarçados".
Dois grupos, o Setor Direito e o Svoboda (Liberdade), são citados frequentemente e há referências regulares ao nacionalista dos tempos da Segunda Guerra Stepan Bandera, visto como um herói para alguns mas acusado por outros de ser um colaborador nazista.
A extrema direita era minoria nos protestos, que conseguiram apoio em vários setores da sociedade. No entanto, direitistas se envolveram em confrontos violentos e símbolos nacionalistas eram vistos com frequência na praça.
O partido nacionalista Svoboda tem quatro cargos no governo. Oleksandr Sych é o vice-primeiro-ministro e Oleh Makhnitsky é o procurador-geral interino. O partido também lidera as pastas da agricultura e ecologia, mas o líder, que foi acusado de antissemitismo, não faz parte do governo.

O novo governo é contra a Rússia?

Parte do problema é que o governo que assumiu na semana passada tem pouca ligação com o leste da Ucrânia, onde os russos predominam.
Uma de suas primeiras ações foi revogar uma lei de 2012 que reconhecia o russo como uma língua regional oficial. A decisão foi criticada em toda a Ucrânia.

Cidadãos russos correm perigo na Crimeia?

Na semana passada, ocorreram distúrbios na capital da Crimeia, Simferopol, quando manifestantes pró-Rússia e grupos que apoiam os novos líderes ucranianos entraram em confronto diante do Parlamento.
Depois de virem à tona informações de que soldados russos estavam ocupando a Crimeia, Moscou acusou o governo ucraniano que enviar homens armados para desestabilizar a península. Mas a península da Crimeia já estava nas mãos dos russos.

A situação da Crimeia abre precedente para outras cidades ucranianas?

As circunstâncias nas cidades do leste, como Donetsk e Kharkiv, podem ser comparadas à situação na Crimeia. Houve protestos a favor dos russos nas duas cidades, onde o idioma predominante é o russo.
A entrada do governo regional em Donetsk foi danificada pelos manifestantes partidários da Rússia (Reuters)
A entrada do governo regional em Donetsk foi danificada pelos manifestantes partidários da Rússia
Correspondentes descreveram como os manifestantes de Donetsk gritavam "Putin, venha".

Existe uma 'crise humanitária'?

Há informações não confirmadas na imprensa russa de que 675 mil ucranianos já cruzaram a fronteira e entraram na Rússia desde o começo do ano.
Mas um canal de televisão russo fez uma reportagem mostrando o que chamou de "catástrofe humanitária" usando imagens de poloneses cruzando a fronteira, algo não relacionado com a crise.

Atualidades

3º A e B


Leia o texto, assista os vídeos e elabore um breve comentário a respeito do tema crise na Ucrânia.

Valor 1,5

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Um comentário:

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